13.º Workshop de Jazz de Viseu

Miguel Ângelo, Mário Delgado e Mário Costa são três músicos com visões e referências próprias, o que significa nunca serão iguais. No entanto, é esta diversidade que procuram na música e são estes os argumentos para criar música nova, fresca e sempre honesta. Partindo deste pressuposto, é isto que vão explorar e pôr em prática neste workshop, cruzar ideias, inspirações e encontrar respostas difíceis para a longa mas gratificante aprendizagem do Jazz e da música improvisada.

HORÁRIO
21 a 23 de julho. 10h00-13h00 e 14h30-17h30

ONDE
Gira Sol Azul.  Estrada Velha de Abraveses,
Bairro S. João das Lameiras lote 5 r/c. 3510-204 Viseu

PÚBLICO-ALVO
Músicos e estudantes de música

INSCRIÇÃO
A inscrição deve ser feita até 12 de julho e tem um custo de 50€.

APRESENTAÇÃO
23 de julho às 17h no jardim do Hotel Grão Vasco.

Sobre os formadores

Miguel Ângelo
Começou a sua atividade musical na “Tuna Musical de Fiães”, onde frequentou aulas de formação musical, guitarra e, mais tarde, contrabaixo. Iniciou um projeto na área do rock, denominado “Curtes Baldei-me”, onde tocou guitarra baixo. Foi na Escola de Jazz do Porto que continuou os seus estudos musicais, trabalhando baixo elétrico com o professor Alberto Jorge. Ainda que a música rock tenha constituído, durante algum tempo, o seu campo de interesse artístico, foi o jazz que acabou por conquistar toda a sua atenção. Ainda sob a orientação do contrabaixista Alberto Jorge, retomou os seus estudos de contrabaixo e combo com o pianista Paulo Gomes, na Escola de Jazz do Porto. Mais tarde prosseguiu os mesmos com o contrabaixista Pedro Barreiros e, posteriormente, contou com o apoio do contrabaixista António Augusto Aguiar. Frequentou o curso oficial de música com o professor Alenxander Worf até ao 5o grau. Alguns anos após ter terminado a sua licenciatura em Informática/Matemática Aplicada, pela Universidade Portucalense, voltou ao ensino superior, desta vez para estudar Contrabaixo.
Em 2008 concluiu a sua Licenciatura em Contrabaixo/Jazz na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE), onde teve a oportunidade de trabalhar com António Augusto Aguiar, Damien Cabaud, Carlos Bica, Zé Eduardo, Michael Lauren, Nuno Ferreira, Carlos Azevedo, Pedro Guedes, Telmo Marques, entre outros. Participou em vários workshops, nomeadamente com o Contrabaixista Carlos Bica, Zé Eduardo, Thomas Morgan, Dan Weiss, etc.
Atualmente lidera o seu trio MAU, com o qual lançou em 2019 o álbum UTOPIA, o seu quarteto, com o qual lançou em 2013 o disco “BRANCO”, em 2016 “A VIDA DE X”, considerado pela crítica nacional e estrangeira, como um dos melhores discos de Jazz do ano, todos com o Carimbo Porta-Jazz. Em 2017 lançou “I think I ́m going to eat dessert” (Cretive Sources Records), o seu primeiro disco em contrabaixo solo. É ainda co-líder dos projetos: MAP, com 4 discos editados, um dos quais com o saxofonista americano Chris Cheek, e o projeto Ensemble Super Moderne (melhor disco de jazz nacional em 2014). Integra várias formações como “sideman”, nomeadamente: o Pedro Neves trio, com três discos editados, o Jogo de Damas, dois discos editados e Sónia Pinto quinteto, que lançou o seu disco de estreia em 2019.

Mário Costa
Natural de Viana do Castelo, Mário Costa tem surgido recentemente com várias formações, das quais se destacam: Hugo Carvalhais – Nebulosa, Ensemble Super Moderne, Gileno Santana Metamorphose, MAZAM de João Mortágua, Miguel Ângelo – UTUPIA , “(Chirs) Corsano – (Jorge) Queijo – Costa”, Sérgio Carolino, Jeffery Davis, Miguel Araújo e os fadistas António Zambujo e Ana Moura, com quem já realizou mais de quatro centenas de concertos pelas mais emblemáticas  salas do mundo, tais como: Carnegie Hall (NY), Sydney Opera House, Elbphilharmonie (Hamburg), Berklee Performance Center (USA), Barbican Center (United Kingdom), Town Hall (NY), SFJAZZ Center (USA), Royal Opera House Muscat (Sultanate of Oman), Napa Valley Opera House (EUA), Sala Paradiso (Amsterdam), Opera Nationala Romana (Romania), El Lunario (México City), Teatro Mayor Julio Mario Santo Domingo (Bogotá), Sala da Cidade das Artes (Rio de Janeiro), North Sea Jazz Club, Sala Palatului (Bucharest), Philharmonie Luxembourg , Philarmonie Cologne, entre outras.
Após terminar o curso profissional de música em Trompete e Percussão na EPMVC e se diplomar em Jazz pela ESMAE, sob orientação do professor Michael Lauren, frequenta o International Summer Workshop em Siena – Itália, onde estuda e se apresenta em concertos ao lado de John Taylor, Lionel Loueke, Ben Street e Greg Osby. Em 2008 Desloca-se aos EUA onde frequenta aulas com Iann Froman, Rodney Green, Ari Hoening, Eric Harland, John Riley e Hal Crook. Assiste e participa em workshops com Jeff Ballard, Adam Cruz, Ferenc Nemeth, Peter Erskin, Dom Famularo, Billy Hart, Marc Miralta, Allan Ferber, Chris Corsano, David Freedman, Billy Coabhan, John Riley, Dan Weiss, entre outros.
Com as gravações dos álbuns do contrabaixista Hugo Carvalhais, “NEBULOSA” (CleanFeed 2010) e “PARTICULA” (CleanFeed 2012), Costa introduz-se à crítica nacional e internacional, tendo a oportunidade de colaborar e tocar com os Saxofonistas Tim Berne, Emile Parisien e Liudas Mockunas, o pianista Gabriel Pinto e o violinista Dominique Pifarély.
Em 2015 é convidado a integrar o novo projeto da revelação do jazz europeu:  Emile Parisien, ao lado dos lendários Michel Portal e Joachim Kuhn, estreando esta formação no aclamado festival: Jazz in Marciac 2015. Em 2016 este projeto lança o seu primeiro disco “Sfumato” (ACT), premiado e aclamado pela crítica internacional; e tem-se apresentado desde então nos mais prestigiados festivais de jazz e salas da Europa, reunindo alguns dos mais conceituados músicos do panorama internacional, tais como: Wynton Marsalis, Bruno Chevillon, Manu Codjia, Vincent Peirani, Michael Wollny, Theo Ceccaldi, Roberto Negro, Simon Tailleu, Pierre Perchaud, entre outros.
Sfumato recebeu o título de “Album Sensation” – Disco do Ano em 2017 nos aclamados prémios da música francesa “Victoires du Jazz”. Em 2018 esta formação lança o seu segundo disco CD + DVD “Sfumato Live in Marciac” (ACT 2018), que imortaliza o nome do baterista português (Costa) ao lado de grandes figuras do jazz mundial, como Wynton Marsalis, Joachim Kuhn e Michel Portal.
Costa fez parte do elenco de luxo que reuniu as várias gerações do Jazz francês – “Emile Parisien All Stars”,  para o concerto de encerramento do reconhecido “Paris Jazz festival 2018”, partilhando o palco com  Michel Portal, François Jeanneau, Thomas de Pourquery, Géraldine Laurent, Daniel Humair, Bruno Chevillon, Simon Tailleu, Vincent Peirani, Roberto Negro, Julien Touéry, Bojan Z, Fabrice Martinez, Manu Codjia e Leïla Martial.
Em 2020 o baterista português é convidado a juntar-se ao quarteto do saxofonista inglês Andy Sheppard que conta com a presença do guitarrista norueguês Eivind Aarset  e do contrabaixista francês Michel Benita.

Mário Delgado
Mário Delgado é um dos guitarristas mais solicitados nos vários quadrantes da música portuguesa, é notório o seu uso de recursos menos óbvios através de manipulação electrónica ou de outras sonoridades acústicas pouco formais, para além de se poder mover em qualquer área estilística.
Na música improvisada faz parte do trio Lokomotiv de Carlos Barretto com José Salgueiro, do Trio TGB (Tuba guitarra e bateria) com Sérgio Carolino e Alexandre Frazão e do quarteto de Carlos Martins.
O seu disco Filactera foi a primeira gravação de um músico português para a editora Clean Feed.

 

O Workshop