POR
O baterista Will Glaser chegou cedo a Viseu, mas o mesmo não se pôde dizer de Soweto Kinch e Nick Jurd. Ambos ficaram retidos no aeroporto de Barcelona depois de algumas horas de atraso no voo inicial que os fez perder o voo de ligação. Sem soluções e com um magnífico baterista em Viseu, desafiá-mo-lo a juntar-se a alguns talentos portugueses. João Guimarães (saxofone) que atuara na noite anterior nos The Nada continuava por Viseu, precisamente para assistir a este concerto; Miguel Ângelo (contrabaixo) foi nosso formador, apresentou o seu disco na sexta-feira e acabava de regressar a casa quando recebeu o nosso telefonema a requisitar os seus enormes dotes e por fim, Leonardo Outeiro (guitarra) é prata da casa e tem sido essencial nesta edição enquanto stage manager, mas não só, e mais uma vez revelou-se indispensável ao emprestar a este concerto o seu inteiro talento enquanto guitarrista. O resultado desta união altamente improvável foi um concerto inesquecível. O jazz tem disto. O jazz é isto. Uma linguagem universal que permite que pessoas de diferentes países, culturas e línguas, possam partilhar um palco sem nunca o terem feito antes e durante mais de uma hora oferecer um espetáculo vibrante, hipnotizante e inesquecível.