Coletivo Gira Sol Azul Feat. Dominique Di Piazza

20 de Julho, 2017 – 22H00
Parque Aquilino Ribeiro
(Palco Aquilino Ribeiro)

Concerto: Jazz.
Duração: 60 min. aprox.
Com: Coletivo Gira Sol Azul – Joaquim Rodrigues (direção e teclados); Xosé Miguelez (saxofone tenor); Bruno Pinto (guitarra) e Marcos Cavaleiro (bateria); Dominique Di Piazza (baixo).

Numa cidade pequena do interior como Viseu, onde há dificuldade em mostrar e manter projetos de música original e alternativa e de singrar especificamente como músico e não como outra coisa qualquer paralela e complementar, toma especial importância qualquer iniciativa que agregue os músicos locais e enriqueça o seu percurso pessoal, beneficiando a cena musical no seu todo.
Em 2017 e à semelhança de anos anteriores, o Coletivo Gira Sol Azul traz à cidade um convidado especial para partilhar o palco, sendo desta vez o convidado Dominique Di Piazza, fabuloso baixista francês que subiu pela primeira vez ao palco em 1979 e desde então a sua criatividade e visão revolucionaram a forma como o baixo pode ser tocado. Di Piazza inventou a sua maneira de usar o polegar, indicador e dedos do meio, numa técnica precursora do famoso four-finger picking.

DOMINIQUE DI PIAZZA
Dominique Di Piazza, de ascendência Siciliana e padrasto cigano, nasceu em Lyon, França. Começou a tocar baixo em 1979. Depois de algum tempo criou o seu próprio estilo, libertando-se da influência que Jaco Pastorious tinha sob a maioria dos baixistas naquela altura. Autodidata, adicionou uma corda extra no seu baixo, criando a sua própria técnica de usar o polegar, indicador e dedos do meio. Esta abordagem única permitiu um virtuosismo e estilo que é bastante incomum no mundo do baixo.
Este estilo da mão direita fez nascer a técnica four-finger picking popularizada, posteriormente, na Europa e nos Estados Unidos por vários baixistas da nova geração, incluindo Matthew Garrison, Adam Nitti e Hadrien Feraud.
O grande conhecimento de Dominique sobre o bebop, as suas influências ciganas e neo-clássicas, o seu estilo lírico e o seu conceito avançado em termos harmónicos conjugaram-se para fazer dele um dos baixistas mais inovadores do mundo hoje.
Dominique começou a sua carreira em 1982; em 1986 mudou-se para Paris e, no ano seguinte, realizou uma tournée pela Europa. Em 1989 gravou um álbum, com o trio constituído também por Jean-Pierre Como e Stéphane Huchard.
Em 1991, Dominique integrou o John McLaughlin Trio junto com o percussionista Trilok Gurtu. Depois de uma tournée mundial de mais de 300 concertos, foi lançado, em 1992, o álbum “Que Alegria”. McLaughlin foi citado, falando sobre o Di Piazza: “O seu talento é imenso – ele é um dos melhores baixistas do mundo”.
No mesmo ano, Dominique gravou com o pianista Michel Petrucianni no álbum The First, com o irmão de Michel, Philippe Petrucianni, na guitarra e Victor Jones na bateria. Em 2000, foi criado o Front Page Trio, com Bireli Lagrene na guitarra e Dewnnis Chambers na bateria. Realizaram uma tour pela Europa e lançaram um álbum auto-intitulado “Frontpage” que lhes valeu o prémio Victoire de la Musique pelo melhor álbum de Jazz de 2001.
De 1990 a 2005, Dominique trabalhou com uma grande variedade de artistas, sendo que entre 2005 e 2006, a sua tournée pelas ilhas da Reunião, Maurícias e Madagáscar, bem como por alguns países africanos, levaram, em conjunto com outros músicos, ao lançamento do CD “Jazz Amwin”, que introduziu o estilo Maloya Jazz (combina o Jazz com música tradicional da ilha da Reunião) a uma audiência mais vasta e global.
Desde 2006, Dominique percorreu a Índia, a Europa, os Estados Unidos, colaborando com diversos músicos e gravando álbuns, entre as tournées.
Fundou o Di Piazza Trio, entretanto, e, entre 2009 e 2011, cruzou o mundo, com uma vasta variedade de artistas, participando em concertos, gravações de álbuns e tributos em países como a França, Rússia, Espanha, Turquia, Irlanda, Itália, Noruega e Índia.
Desde há muitos anos, Dominique leciona na Music Academy International (M.A.I), em Nancy, França e dá masterclasses em todo o mundo. Excertos das suas peças aparecem no livro “Bass Soloing Concepts”, de Chuck Sher e Marco Johnson. A sua composição “Living Hope” está incluída no “The European Real Book”.
A sinceridade de Dominique, o seu estilo único e a sua abertura à música de todo o mundo fazem dele um dos mais prestigiados músicos na cena internacional.

O concerto