Joana Raquel "Que Áscua"

Parceria Porta-Jazz

27 de setembro, 2025 – 16H30
Museu Nacional Grão Vasco

DONATIVO
SUGERIDO: 5€
Concerto: jazz câmara criativo
Duração: 50 min. aprox.
Com: Joana Raquel (voz), Joaquim Festas (guitarra), Teresa Costa (flauta), Rafael Santos (clarinete e guitarra) e João Fragoso (contrabaixo)
Concert: creative chamber jazz
Duration: approx. 50 min.
Featuring: Joana Raquel (vocals), Joaquim Festas (guitar), Teresa Costa (flute), Rafael Santos (clarinet and guitar) and João Fragoso (double bass)

POR

Procurando um som acústico que cria uma certa alusão à música erudita de câmara, este repertório acolhe a espontaneidade e assenta no conceito de canção.
Na procura de um equilíbrio entre o pré- concebido e o inventado, a música vive do contraponto, do seu produto harmónico e procura ser rítmica, dispensando o seu protagonista mais comum – a bateria.
A poesia tem um papel de destaque e dita a construção de tudo o resto, sendo uma linha condutora para a composição.

“Um sistema. Respiratório.
Guelra de peixe. Os pulmões do meu corpo.
É uma janela e faz corrente de ar, é cantar em casa.
Uma escama que nasce no corpo, na pele e se solta dele.
Pisar território desconhecido, não poluído.
E chegar.”

ENG

Seeking an acoustic sound that creates a certain allusion to classical chamber music, this repertoire embraces spontaneity and is based on the concept of song.
In search of a balance between the preconceived and the invented, the music thrives on counterpoint, on its harmonic product, and seeks to be rhythmic, dispensing with its most common protagonist – the drums.
Poetry plays a prominent role and dictates the construction of everything else, being a guiding thread for the composition.

“A system. Respiratory.
Fish gills. The lungs of my body.
It is a window and creates a draught, it is singing at home.
A scale that is born on the body, on the skin, and comes loose from it.
Treading on unknown, unpolluted territory.
And arriving.”

JOANA RAQUEL
Joana Raquel (1997) tem vindo a dedicar-se nos últimos anos ao estudo e descoberta da sua voz. Na sua abordagem está enraizado o jazz e a música improvisada, com fortes influências da música tradicional portuguesa. A prática da composição começou em 2020 com a procura de uma identidade musical, recorrendo também à escrita de letras e textos, em português, que refletem as suas ideias e convicções.
Ao longo da sua formação frequentou a Licenciatura de Instrumentista de Jazz na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo do Porto (ESMAE), o Curso Profissional de Jazz do Conservatório de Música de Coimbra e a Academia de Música Valentim de Carvalho no Porto. A Escola de Música da Phylarmonica Ançanense foi onde iniciou aos 8 anos a aprendizagem de oboé.
Em Fevereiro de 2022 lança o seu primeiro disco “Ninhos”, pelo Carimbo Porta Jazz, em colaboração com Miguel Meirinhos no piano e com Demian Cabaud e João Cardita, no contrabaixo e bateria. Ainda em 2022 edita “Membrana”, 1o disco do grupo “doisnovetrês diagonal” com o saxofonista Daniel Sousa, “Catarse Civil” com o projeto “Do Acaso” e ainda “Eixo do Jazz Ensemble Meets Mário Laginha”.
Em 2023 cria dois projetos em colaboração a artista visual Diana Gil – “A Primavera Não Existe” da qual nasceu uma performance audiovisual e um livrete de poemas que acompanham o concerto (com João Fragoso no contrabaixo, Rafael Santos no clarinete, eletrónica e guitarra e Gonçalo Ribeiro na bateria); e “Gentrifugação” instalação audiovisual apresentada no Eureka! #1 na Associação Porta Jazz.
Em Maio de 2024 lança “Queda áscua”, o seu primeiro álbum como líder que conta com Teresa Costa na flauta, Joaquim Festas na guitarra, Rafael Santos no clarinete, João Fragoso no contrabaixo e na percussão Zé Stark e Gonçalo Ribeiro.
Nos últimos anos teve oportunidade de cantar em diversos Festivais como Jazz Art Katowice, Polónia; 42o AMR Jazz Festival Geneve, Suíça; Festival de Jazz do Barreiro; Festival Porta Jazz; Festa do Jazz; Casa da Música – Novos Talentos do Jazz; Canjazz e mais recentemente no Bezau Beatz na Áustria.


JOÃO FRAGOSO
João Fragoso é músico, nasceu em Coimbra, no ano de 1995. Neste momento reside no Porto. Teve como primeiro instrumento a guitarra, de seguida o baixo-eléctrico, e depois o contrabaixo. Ainda toca todos estes, e um pouco de outros, mas escolheu o último como instrumento principal. É licenciado em Música, Variante Jazz – Contrabaixo, pela ESML – Escola Superior de Música de Lisboa. Desenvolve grande parte da sua actividade no contexto do Jazz e da Música Improvisada, colaborando com grupos como Garfo, Esfanes e Orquestra Jazz de Matosinhos. Noutros estilos musicais, toca com os grupos Duques do Precariado e Fred Menos. Interessa-se também pela composição. Formou um grupo para tocar a sua música, Fragoso Quinteto, com o qual lançou dois disco, “Dura Natureza” e “Canta Derrocada”. Participou em produções teatrais das companhias Bonifrates e Manga, como compositor e intérprete de bandas sonoras originais. Noutras vertentes do trabalho com a música, é produtor executivo na Associação Porta-Jazz, e faz também parte da Associação Robalo Music. No passado, foi professor na escola de jazz Luiz Villas-Boas – HCP, e trabalhou com a Associação Orelha Viva nos projectos Lisbon Jazz Summer School e Big Band Júnior.

 

RAFAEL SANTOS
Rafael Santos começou o seu percurso musical no conservatório de música de Aveiro onde conclui o 8o grau em clarinete. Progrediu os seus estudos no conservatório de música da Jobra em guitarra jazz concluindo-os na Escola Superior de música e artes de espetáculo. Neste percurso tocou em diversos projectos sendo funo’s symbiosis o mais recente e onde explora o mundo dos sopros e das cordas. Conta com discografia com o seu pseudónimo Jstowee onde lançou o EP Night Encounters com o carimbo da WAY OUT e entre outros. Nos últimos anos caminha com um pé como produtor e outro como instrumentista dando vida a novos pseudónimos e novos lançamentos com várias editoras nacionais.

 

TERESA COSTA
Teresa Costa é uma flautista natural do Porto cujo trabalho se reparte entre performance de música antiga, orquestral, contemporânea e projectos de natureza interdisciplinar.
Em 2021 terminou o mestrado em performance no Conservatório de Amesterdão. Em 2023 integrou a Academia Gustav Mahler e o ULYSSES Ensemble, tendo-se agregado ao Ensemble Intercontemporain no festival ManiFeste do IRCAM. Colaborou com a Royal Concertgebouw Orchestra, o Remix Ensemble Casa da Música, a De Nieuwe Philharmonie Utrecht, o Jong Nederlands Blazers Ensemble e a Residentie Orkest. Na área do teatro e artes performativas, colaborou com Maria Magdalena Kozlowska em 2021 (teatro Frascati), António Afonso Parra em 2022 (A Turma), e Gonçalo Amorim em 2025 (Teatro Experimental do Porto).
Está envolvida em projectos de música contemporânea e/ou original como duo Suzanne, Ladrem, pardais!, Sketch351 – artista em residência do festival Dag in de Branding-, EUPNEA e Novelo Vago. Desenvolveu performances para a infância com o colectivo Kleintjekunst e trabalha regularmente na mesma área com a Knowhow. Faz parte de LIÇO, com quem investiga o cruzamento do canto a vozes com os ofícios da lã.
Em 2024 desenvolveu trabalho de criação no CURA, DAS Bologna, Associação Porta-Jazz e Teatro de Ferro; Em 2025 na fábrica Cerâmica Rocha com o projecto “Ecos de Grés” e na Casa da Terra em Celorico com o projecto “à mesa”.
Participa nos últimos discos de André Júlio Turquesa, Guy Salamon, Fuensanta, Gabriel Milliet, Joana Raquel e Bruno Pernadas.

 

JOAQUIM FESTAS
Joaquim Festas, nascido em 1998, é um guitarrista residente na cidade do Porto. Esculpindo a sua identidade musical, procura acima de tudo encontrar e nutrir a sua genuinidade, tropeçando pelo caminho mas inexorável na sua busca, querendo encontrar o significado da dualidade inseparável entre a beleza e a crueldade do mundo. Tendo as suas raízes no jazz, as suas inspirações vão desde a música portuguesa à brasileira ao metal, à música tuaregue. Membro integrante do noneto North Camels Large Ensemble, do quarteto de jazz kiRi, do duo Ladrões de Limões, colaborou com músicos como João Mortágua, Jesus Santandreu e Ricardo Formoso. Participou no álbum de estreia do contrabaixista Gianni Narduzzi “DharmaBums” . Adquiriu a Licenciatura em Guitarra Jazz na ESMAE — Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo, tendo estudado anteriormente no Conservatório de Música de Coimbra, que representou na 14º Festa do Jazz do S. Luiz, onde ganhou o prémio de melhor combo de jazz.

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