Nuno Costa à conversa com Luís Lapa apresenta "A Guitarra Jazz em Portugal (1940–1990)"
8 de novembro, 2025 – 16H30
Largo da Igreja Matriz de Ribafeita - Espaço Multiusos
DONATIVO
SUGERIDO: 5€
Conversa
Duração: 60 min.
Com: Nuno Costa e Luís Lapa
Conversation
Duration: 60 min.
With: Nuno Costa and Luís Lapa
POR
A guitarra jazz em Portugal percorreu um caminho singular, marcado por influências internacionais, adaptações locais e a afirmação de músicos que moldaram a identidade deste instrumento no nosso panorama musical.
Nesta sessão, Nuno Costa apresenta o seu trabalho “A Guitarra Jazz em Portugal (1940–1990)” em conversa com o guitarrista Luís Lapa, natural de Viseu. Ao longo de uma hora, ambos partilham histórias, contextos e protagonistas que ajudaram a consolidar a presença da guitarra jazz no país, explorando a evolução estética, técnica e cultural desse percurso.
Um encontro entre investigação e experiência pessoal que procura celebrar a memória, dar voz às raízes e inspirar novas gerações.
ENG
‘The jazz guitar in Portugal has followed a unique path, marked by international influences, local adaptations and the affirmation of musicians who have shaped the identity of this instrument in our musical landscape.
In this session, Nuno Costa presents his work ‘The Jazz Guitar in Portugal (1940–1990)’ in conversation with guitarist Luís Lapa, a native of Viseu. Over the course of an hour, they share stories, contexts and protagonists that helped consolidate the presence of jazz guitar in the country, exploring the aesthetic, technical and cultural evolution of this journey.
A meeting between research and personal experience that seeks to celebrate memory, give voice to roots and inspire new generations.
NUNO COSTA
Nuno Costa nasceu em 1980 e começou a tocar guitarra aos 15 anos. Em 1998 prossegue os seus estudos musicais na Academia de Amadores de Música. Posteriormente, ingressa na escola do Hot Clube de Portugal, tendo em 2002 recebido uma bolsa de estudo para a conclusão dos seus estudos. Em 2003, novamente como bolseiro, prossegue a sua formação na Berklee College of Music, tendo terminado o curso de Film Scoring em 2005. Em 2021 concluiu com distinção e louvor o Doutoramento em Artes na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.
Em 2009 grava o seu primeiro disco, “(…) – Reticências entre Parênteses”, para a editora Tone of a Pitch: «Com a sua estreia em disco, Nuno Costa afirma-se como um interessante guitarrista e, acima de tudo, como um dos grandes compositores do nosso jazz (…) Este disco revela um projecto original e ambicioso… Uma obra coesa, de enorme coerência e francamente apelativa.» (Paulo Barbosa). Em 2012 lança o álbum “All Must Go” para a mesma editora: «Packed with solid and imaginative writing, played by a group of amazing improvisers, All Must Go is a dazzling musical experience that should not be missed by anyone interested in modern jazz.» (Paulo Barbosa). “Detox” foi lançado em 2015 e amplamente mencionado na imprensa especializada internacional. Segundo Mário Laginha: «Dá prazer ouvir e nunca é previsível. Não sinto que seja preciso pedir mais de um disco.» “À Deriva” (2017) é o seu 4º disco enquanto líder e o primeiro de Saga Cega, um projecto com o qual se afasta dos domínios do jazz e que conta com um reconhecido elenco da cena artística nacional: «Em “À Deriva” [Nuno Costa] afastou-se do jazz, mas não perdeu o norte. Nele participam Rita Maria, Tatanka e Cristina Branco.» (Pedro Esteves). NoA é outra das formações por si liderada. O grupo foi criado em 2012, mantendo-se desde então sempre activo na cena do jazz em Portugal, com concertos na Casa da Música, no Hot Clube, no Jimmy Glass e em diversos festivais de jazz de Norte a Sul. 2020 é o ano de “Evidentualmente”, disco editado em vinil por este trio e nomeado para os Prémios Play: «NoA: o trio à vista desarmada estreia-se em disco.» (Andreia Monteiro). O álbum “Cenas de Uma Vida no Bosque”, editado em 2021, foi gravado por um septeto. Trata-se de uma suite dividida em cinco partes e é também o resultado da componente prática da sua tese de doutoramento. “Concavexo”, de 2022, é o segundo disco do trio NoA: «Aparentemente indolente, “Concavexo” revela-se um sublime exercício de imersão no amplo universo sónico dos NoA. Fusão, rock, pop e (vamos dizê-lo) “Kid A”.» (Nero). O álbum conta ainda com a participação de Rão Kyao.
Nuno Costa conta ainda com um projecto de “Filme/Concerto” e em parceria com o pianista Óscar Graça compõe uma nova banda sonora para alguns dos mais emblemáticos filmes mudos da história do cinema. Este projecto tem participação assídua em vários festivais de cinema nacionais, destacando-se o Ciclo Invicta.Música.Filmes na Casa da Música, Fike, Faial Filmes Fest, Encontros de Viana, entre muitos outros. Paralelamente a este projecto, trabalha regularmente com realizadores, compondo música para os mais diversos formatos.
É docente da Licenciatura em Jazz e Música Moderna e do Mestrado em Musicoterapia da Universidade Lusíada de Lisboa.
LUÍS LAPA
Dedicou toda a sua vida à música sem nunca ter exercido outra atividade profissional. Como músico, tocou em centenas de concertos em Portugal e no estrangeiro. Representou Portugal em 1993 no Brasil, ao integrar com o seu Quarteto de Jazz a comitiva de artes Portuguesa, presente em Recife com o projecto Cumplicidades. Grupos com os quais tocou e/ou compôs grande parte do repertório: Quinteto de Jazz de Viseu (jazz), Jam Jazz Group ( jazz fusão), Orquestra de Jazz do Porto (big band jazz), Trio de Jazz do Porto (jazz), Septeto de Jazz do Porto (jazz), Quinteto Bebop (jazz), Quarteto Ornette (jazz), Quarteto de Jazz de Luís Lapa (jazz moderno), Rachim Ausar Sahu’s Flying Kitchen (jazz moderno), Ópium (jazz fusão), Trilhos (world music) (Com este grupo participou com 3 canções originais no, Festival da Canção de 2001), Mr. Funk (funk), Batatas a Murro (rock n’ roll). Tira Ke Dói (pop rock), Luís Lapa & Corpo de Intervenção (jazz fusão), Luís Lapa & Acoustic Line (jazz acústico), Triplet (música improvisada), Puzzle Trio (música improvisada), Duo ProD’Ut (música improvisada), Luís Lapa & T4 (jazz moderno)com o qual gravou o disco “Narsad Suite” (2005) que foi considerado pela revista “Jazz PT” como um dos dois melhores discos de jazz do ano em edição de autor. Acácio Salero Secret Apache (jazz moderno), ManDrax (jazz moderno), Low Budget Research Kitchen play the music of Frank Zappa e o actual trio de jazz contemporâneo “Luís Lapa & Pé de Cabra” com o qual gravou um recente CD “O Homem Invisível”, para a editora portuense Porta Jazz. A sua primeira composição “jazzística” (Rafa Blue-1989) foi seleccionada para a final do Primeiro Concurso de Música Improvisada (1990), cuja final teve lugar no Coliseu do Porto e no qual saiu vencedor, o então já promissor pianista, Mário Laginha.
Como professor de Improvisação e Guitarra Jazz ministrou inúmeros Workshops por
todo o País, sendo de destacar os efectuados no Conservatório de Música de Coimbra, Conservatório de Música de Aveiro, Teatro Municipal da Guarda, Cine Teatro da Covilhã, Cine Teatro de Seia e Instituto Piaget de Viseu e mais recentemente uma Masterclass de Songwriting na Universidade Lusíada de Lisboa (2019).
Criou e elaborou o Programa Currícular do Centro de Estudos e Tecnologias Musicais de Viseu, no ano 2000.
Foi Director Pedagógico da Escola de Jazz do Barreiro, entre 2019 e 2022, tendo sido também professor de Linguagem, Combo, Songwriting, Viola de Fado e Guitarra Clássica nessa escola.
Lidera neste momento os seguintes projectos musicais para os quais escreve a totalidade das músicas e letras: Cantigas da Lua (world music); NU (soul); Luís Lapa & Pé de Cabra (jazz de fusão).














